sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

30. Compreendendo


Você está fora da prisão, fora da gaiola; pode abrir as asas e o céu inteiro é seu. Todas as estrelas e a lua e o sol, pertencem a você. Você pode desaparecer no azul do além... Basta desfazer-se do apego a essa gaiola. Saia dela, e o céu inteiro será seu.
Abra as suas asas e voe passando à frente do sol, como uma águia.

No céu interior, no mundo interior, a liberdade é o valor mais alto -- tudo o mais é secundário, inclusive a bem-aventurança, o êxtase. Existem milhares de flores, elas são incontáveis, mas todas elas só se tornam possíveis em clima de liberdade.

Osho Christianity, the Deadliest Poison and Zen… Chapter 6

Comentário:

O pássaro retratado nesta carta está olhando para fora, do que parece ser uma gaiola. Não há porta; na verdade, as barras estão desaparecendo. As grades eram uma ilusão, e esta avezinha está sendo atraída pela graça, pela liberdade e pelo encorajamento das outras. Ela está abrindo suas asas, pronta para alçar vôo pela primeira vez.
O surgimento de uma nova compreensão -- o de que a gaiola sempre esteve aberta e o céu sempre esteve ali para que nós o explorássemos -- pode fazer com que nos sintamos um pouco abalados de início. Está bem, e é natural sentir-se chocado, mas não deixe que isso desperdice a oportunidade para vivenciar a leveza de coração e a aventura que lhe estão sendo oferecidas ali mesmo, junto com a sensação de abalo.
Deixe-se levar pela delicadeza e gentileza desse momento. Sinta o bater de asas dentro de você. Abra as asas e seja livre.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Jogo do I-Ching on-line Grátis

O Jogo do I-Ching on-line Grátis

40. Experimentando - Tarô Osho Zen


Olhe, apenas, à sua volta, olhe dentro dos olhos de uma criança, ou nos olhos da pessoa amada, nos de sua mãe, de um amigo -- ou ainda, simplesmente sinta uma árvore.
Alguma vez você já abraçou uma árvore? Abrace uma árvore e, um dia, você perceberá que não foi apenas você que abraçou a árvore, mas que a árvore também responde, a árvore também o abraça. Pela primeira vez então, você será capaz de saber que a árvore não se resume a uma forma, não é apenas uma determinada espécie de que os botânicos falam: ela é um Deus desconhecido -- tão verde ali no seu quintal, tão cheia de flores, tão próxima a você, que vive lhe acenando, que o tempo todo o está chamando.

Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 2

Comentário:

Uma "experiência" é coisa que pode ser registrada num caderno, ou fotografada e guardada num álbum. O experienciar já é a própria sensação de deslumbramento, a emoção da comunhão, o toque delicado da nossa conexão com tudo o que nos rodeia.
A mulher desta carta não está apenas tocando a árvore: está em comunhão com ela, quase que se tornou uma entidade única com a árvore. Trata-se de uma velha árvore, que presenciou muitos tempos difíceis. O toque da mulher é suave, reverente, e o branco no avesso do seu manto espelha a pureza do seu coração. Ela tem humildade, simplicidade -- e essa é a maneira correta de aproximar-se da natureza.
A natureza não faz rufarem tambores quando rebenta em flor, nem executa um réquiem quando as árvores se desfazem das folhas, no outono. Quando, porém, nos aproximamos dela com o estado de espírito adequado, ela tem muitos segredos para compartilhar.
Se ultimamente você não tem ouvido a natureza sussurrando para você, este é um bom momento para dar a ela essa oportunidade.

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

8. Coragem - Tarô Osho Zen


A semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor. Longa é a jornada, e sempre será mais seguro não entrar nessa jornada, porque o percurso é desconhecido, e nada é garantido. Nada pode ser garantido. Mil e uma são as incertezas da jornada, muitos são os imprevistos -- e a semente sente-se em segurança, escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca, esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a mover-se. A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos.

Não havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por milênios, mas para a plantinha os perigos são muitos. O brotinho lança-se, porém, ao desconhecido, em direção ao sol, em direção à fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por quê. Enorme é a cruz a ser carregada, mas a semente está tomada por um sonho, e segue em frente.

Semelhante é o caminho para o homem. É árduo. Muita coragem será necessária.

Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 4

Comentário:

Esta carta mostra uma pequena flor silvestre que enfrentou o desafio das rochas, das pedras em seu caminho, para aflorar à luz do dia. Envolta em brilhante aura de luz dourada, ela exibe a majestade do seu pequenino ser. Sem nenhum constrangimento, equipara-se ao sol mais brilhante.
Quando nos defrontamos com uma situação muito difícil, há sempre uma escolha: podemos ficar repletos de ressentimentos e tentar encontrar alguém ou alguma coisa em que pôr a culpa pelas nossas dificuldades, ou podemos enfrentar o desafio e crescer.
A flor nos mostra o caminho, na medida em que a sua paixão pela vida a conduz para fora da escuridão, para o mundo da luz. Não há nenhum sentido em se lutar contra os desafios da vida, ou tentar evitá-los ou negá-los. Eles estão aí, e se a semente deve transformar-se na flor, precisamos passar por eles. Seja corajoso o bastante para transformar-se na flor que você foi feito para ser.

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Viagem de Uma Alma, a - Pesquisa de Livros do Google


Viagem de Uma Alma, a - Pesquisa de Livros do Google

68. Consciência - Tarô Osho Zen


Nós viemos do desconhecido, e avançamos para o desconhecido. Nós ainda voltaremos. Já estivemos por aqui milhares de vezes, e voltaremos milhares de vezes. O nosso ser essencial é imortal, mas nosso corpo, a nossa corporificação, é mortal. As molduras em que nos colocamos, nossas casas, o corpo, a mente, são feitas de coisas materiais. Essas coisas perderão a força, ficarão velhas, elas morrerão. A sua consciência, porém, para a qual Bodhidharma usa a palavra "não-mente" -- o Buda Gautama também usou essa palavra, "não-mente" -- é algo que está além do corpo e da mente, algo que está além de tudo; essa "não-mente" é eterna. Ela adquire uma expressão física, e torna a mergulhar depois no desconhecido. Esse movimento, do desconhecido para o conhecido e do conhecido para o desconhecido, continua por toda a eternidade, a menos que a pessoa se torne iluminada. Quando isso acontecer, essa será a sua última vida: essa flor não voltará mais. A flor que se torna consciente de si mesma não precisa mais voltar à vida, porque a vida nada mais é do que uma escola aonde se vem para aprender. É alguém que aprendeu a lição e encontra-se agora acima das ilusões. Pela primeira vez, você não irá mais se deslocar do conhecido para o desconhecido, mas para o incognoscível.

Osho Bodhidharma, the Greatest Zen Master Chapter 5

Comentário:

A maioria das cartas deste naipe da mente ou é cômica ou é conturbada, porque a influência da mente na nossa vida é geralmente ridícula ou opressiva. Esta carta da Consciência, porém, apresenta uma imagem enorme do Buda. Ele é tão expansivo, que vai até além das estrelas, e o que existe acima da sua cabeça é o vazio puro.
Esse Buda representa a consciência que está ao alcance de todos os que se tornam mestres da sua própria mente, e que são capazes de utilizá-la como o instrumento que ela foi feita para ser.
Quando você escolhe esta carta, isso significa que agora já há uma luz cristalina disponível, independente, enraizada na tranqüilidade profunda que existe no âmago do seu ser. Já não há a vontade de entender as coisas sob a perspectiva da mente -- a compreensão que você tem agora é existencial, inteira, em consonância com o próprio pulsar da vida. Aceite essa dádiva enorme, e compartilhe.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Chama Violeta - violet flame

76. Madureza - Tarô Osho Zen


Só se a sua meditação tiver proporcionado a você uma luz que brilha sempre à noite, é que a morte não será morte para você, mas uma passagem para o divino. Com a luz no coração, a própria morte é transformada numa passagem pela qual você adentra o espírito universal: você se torna um com o oceano. E a menos que você passe pela experiência oceânica, terá vivido em vão.
O momento é sempre agora, e a fruta está sempre pronta para ser colhida. Só é preciso ter coragem para penetrar em sua floresta interior. A fruta está sempre madura, e qualquer momento é sempre o momento certo. Não existe essa coisa de momento errado.

Osho A Sudden Clash of Thunder Chapter 6

Comentário:

Quando a fruta está madura, ela cai da árvore por si mesma. Num momento, ela pende de um dos galhos da árvore, cheia de sumo. No momento seguinte ela cai -- não porque tenha sido forçada a cair, ou tenha se esforçado para tanto, mas porque a árvore reconheceu o seu amadurecimento, e simplesmente a deixou cair.
Quando esta carta aparece em uma leitura, indica que você está pronto para compartilhar as suas riquezas interiores, o seu "sumo". Tudo o que você precisa fazer é relaxar exatamente onde você está, e desejar que isso aconteça. Este compartilhar de você mesmo, essa expressão da sua criatividade, pode acontecer de muitas maneiras -- no seu trabalho, nos seus relacionamentos, nas suas experiências de vida diárias. Não se requer nenhuma preparação ou esforço especial de sua parte. Trata-se apenas do momento certo.

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domingo, 14 de dezembro de 2008

Roberto Carlos - Jesus Cristo (1974)

Roberto carlos-jesus cristo(o homem)

44. Tensão - Tarô Osho Zen


Todas as metas pessoais são neuróticas. O homem sintonizado com a essência das coisas consegue entender, sentir que: "Eu não sou separado do todo, e não há necessidade de estar elegendo e procurando concretizar algum destino por minha conta. Os fatos estão acontecendo, o mundo continua girando -- chame isso de Deus... ele está fazendo coisas. Elas acontecem por vontade própria. Não há necessidade de que eu trave alguma luta, que faça qualquer esforço; não há necessidade de que eu lute por coisa alguma. Posso relaxar e simplesmente ser".

O homem essencial não é um fazedor. O homem acidental é um fazedor. Por isso, o homem acidental vive naturalmente com ansiedade, tensão, estresse, angústia, sentado o tempo todo sobre um vulcão. Esse vulcão pode entrar em erupção a qualquer momento, porque o homem vive num mundo de incertezas e acredita que pode tomar as coisas como certas. Isto gera tensão em seu ser: lá no fundo ele sabe que nada é certo.

Osho A Sudden Clash of Thunder Chapter 3

Comentário:

Quantas pessoas você conhece que, justamente quando estavam totalmente sobrecarregadas, com projetos demais, com muitos sonhos, de repente foram derrubadas por uma gripe, ou levaram um tombo e acabaram de muletas? Esse é exatamente o tipo de "momento inoportuno" que o macaquinho, com o alfinete na mão, está prestes a impor ao "showman" retratado nesta carta!
O tipo de esgotamento nervoso representado aqui acontece de vez em quando com qualquer um de nós, mas os perfeccionistas são particularmente vulneráveis a isso. Nós mesmos é que o provocamos, com a idéia de que, sem a nossa participação, nada acontecerá -- especialmente do jeito que queremos que aconteça... Bem, o que o faz pensar que você é tão especial? Você acha que o sol não se levantará de manhã, a menos que você programe pessoalmente o despertador? Saia para dar uma volta, compre algumas flores, prepare para si mesmo um macarrão para o jantar -- qualquer coisa "sem importância" serve. Trate de colocar-se fora do alcance daquele macaquinho!

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sábado, 13 de dezembro de 2008

Veja roteiro de sebos na região central de SP - 13/12/2008 - UOL Jovem

Veja roteiro de sebos na região central de SP - 13/12/2008 - UOL Jovem

62. Comparação - Tarô Osho Zen


A comparação gera inferioridade, superioridade. Quando você não estabelece comparações, toda inferioridade e toda superioridade desaparecem. Nessa condição você simplesmente é, você simplesmente está aí. Um pequeno arbusto ou uma grande árvore alta -- isso não importa -- você é você mesmo. Você é necessário. Uma folha de grama é tão necessária quanto a maior das estrelas. Sem a folha de grama, Deus será menos do que ele é. O pipilar de um pássaro é tão necessário quanto qualquer buda -- o mundo será menos, será menos rico se esse pássaro desaparecer.
Basta olhar à sua volta. Tudo é necessário e se encaixa em um todo. Trata-se de uma unidade orgânica: ninguém está acima, ninguém está abaixo, ninguém é superior, ninguém é inferior. Cada qual é incomparavelmente único.

Osho The Sun Rises in the Evening Chapter 4

Comentário:

Quem foi que lhe disse que o bambu é mais bonito do que o carvalho, ou que o carvalho é mais valioso do que o bambu? Você imagina que o carvalho gostaria de ter um tronco oco como o do bambu? Será que o bambu sente inveja do carvalho porque ele é maior e suas folhas mudam de coloração no outono? A própria idéia das duas árvores fazendo comparações entre si parece ridícula, mas os humanos consideram muito difícil romper com esse hábito.
Vamos encarar os fatos: sempre existirá alguém que é mais bonito, mais talentoso, mais forte, mais inteligente, ou aparentemente mais feliz do que você. E, inversamente, sempre haverá aqueles que são inferiores a você em todos esses aspectos.
O caminho para descobrir quem você é, não é a comparação com os outros, mas um exame para ver se você está realizando o seu próprio potencial, da melhor maneira de que é capaz.


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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Elias Mendes - Astrologia

Elias Mendes - Astrologia

28. Receptividade - Tarô Osho Zen


Ouvir é um dos segredos básicos para se entrar no templo de Deus. Ouvir significa passividade. Significa se esquecer completamente de si mesmo -- só então você pode ouvir.
Quando você ouve alguém com atenção, você se esquece de si mesmo. Se você não consegue se esquecer da sua pessoa, você nunca ouve. Estando autoconsciente demais, você simplesmente finge que está ouvindo -- não ouve. Pode balançar a cabeça; dizer algumas vezes "sim" e "não" -- mas você não está ouvindo.
Quando ouve, você se torna apenas uma passagem, uma passividade, uma receptividade, um útero: você se torna feminino. E, para chegar lá, a pessoa tem que se tornar feminina. Não se pode alcançar Deus como um invasor violento, um conquistador. Você só poderá alcançar Deus... ou será melhor dizer: Deus poderá alcançá-lo somente quando você estiver receptivo, uma receptividade feminina. Quando você se tornar yin -- uma passividade --, a porta está aberta. E você espera.
Escutar é a arte de se tornar passivo.

Osho A Sudden Clash of Thunder Chapter 5

Comentário:

A receptividade representa a natureza feminina, passiva, da água e das emoções. Os braços da figura estão estendidos para cima, para receber, e ela apresenta-se completamente imersa na água. A figura não tem cabeça -- nenhuma mente sobrecarregada e agressiva para atrapalhar a sua receptividade pura. E à medida que ela é preenchida, vai continuamente se esvaziando, transbordando e recebendo mais.
O símbolo ou matriz de lótus que emerge da figura representa a harmonia perfeita do universo, que se torna aparente quando estamos em sintonia com ele.
A Rainha da Água traz um tempo de desprendimento e gratidão por tudo o que a vida possa nos dar, sem quaisquer expectativas ou exigências. Nem sentimentos de obrigação, nem idéias de reconhecimento de mérito ou de recompensas são importantes. Sensibilidade, intuição e compaixão são os traços que se destacam agora, dissolvendo todos os obstáculos que nos mantêm separados uns dos outros, e do todo.

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

31. Controle - Tarô Osho Zen


Pessoas controladas estão sempre nervosas porque lá no fundo, o tumulto ainda está escondido. Se você não é controlado, mas é "solto", vivo, então não é nervoso. Não há motivo para estar nervoso -- o que quer que aconteça, acontece. Você não tem expectativas para o futuro, não está representando. Então, por que deveria ficar nervoso?

Para conseguir controlar a mente, a pessoa precisa ficar tão fria, gelada, que nenhuma energia vital é permitido entrar nos seus membros, no seu corpo. Se essa energia tiver permissão para se mover, essas repressões virão à superfície. Por isso é que as pessoas aprenderam a manter-se frias, a tocar os outros sem de fato tocá-los, a ver as pessoas e, contudo não enxergá-las. Vivemos com frases feitas -- "Olá, como vai?" Ninguém quer dizer nada com isso. Essas frases são justamente para evitar o encontro real entre duas pessoas. As pessoas não se olham nos olhos, não se seguram às mãos, não procuram sentir a energia umas das outras, não se permitem o extravasamento de emoções -- muito amedrontadas, dando apenas um jeito de ir levando as coisas, frias e mortas, dentro de uma camisa-de-força.

Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 5

Comentário:

Existe um tempo e um lugar para o controle, mas se nós o colocamos presidindo as nossas vidas, acabamos totalmente enrijecidos. A figura desta carta apresenta-se encaixada nos ângulos das formas piramidais que a circundam. A luz pisca e reflete nas superfícies brilhantes da pirâmide, mas não penetra. É como se o personagem estivesse quase mumificado no interior dessa estrutura que construiu em volta de si mesmo. Os punhos estão crispados e o seu olhar é vazio, quase cego. A parte inferior do seu corpo, abaixo da mesa, é uma ponta de faca, um fio cortante que divide e separa.
O seu mundo é organizado e perfeito, mas não é vivo -- ele não pode permitir que nenhuma espontaneidade ou vulnerabilidade penetre ali.
A figura do Rei das Nuvens é um lembrete para que tomemos uma respiração profunda, afrouxemos a gravata e passemos a cuidar das coisas com calma. Se houver enganos, tudo bem. Se as coisas ficarem um pouco fora de controle, isso é com certeza exatamente o que o médico prescreveu. Há muito, muito mais na vida do que estar "no controle das coisas".

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

32. Moralidade - Tarô Osho Zen


Bodhidharma... transcende em muito os moralistas, os puritanos, as assim chamadas "boas pessoas", os "fazedores do bem". Ele chegou à verdadeira raiz do problema. A menos que a consciência desperte em você, toda a sua moralidade é falsa, toda a sua cultura é apenas uma camada muito fina que pode ser destruída por qualquer um. Mas, uma vez que a sua moralidade seja fruto da sua consciência, não de uma certa disciplina, então, é coisa inteiramente diferente. Nessa condição, você responderá a cada situação a partir da sua consciência. E o que quer que você faça será bom.

A consciência não é capaz de fazer nada que seja ruim. Esta é a beleza suprema da consciência: qualquer coisa que surja dela é simplesmente bela, simplesmente correta, e isso sem nenhum esforço, sem nenhum treinamento. Assim, em vez de podar folhas e galhos, corte a raiz. E para cortar a raiz, não existe caminho alternativo além de um único método: o método de manter-se alerta, de estar percebendo o que acontece, de estar consciente.

Osho Bodhidharma, The Greatest Zen Master Chapter 15

Comentário:

A moralidade tem restringido aos estreitos limites da mente dessa mulher, toda a seiva e a energia da vida. Nesse confinamento, a moralidade não pode fluir, e com isso transformou-se numa "velha ameixa seca". Seu comportamento como um todo é muito "conveniente", inflexível e severo, e ela está sempre pronta para ver cada situação apenas em branco e preto, como a jóia que a figura traz em volta do pescoço.
A Rainha das Nuvens vive oculta na mente de todos nós que fomos criados com rígidos padrões a respeito do que é bom e do que é mau, de pecado e virtude, do que é aceitável e não-aceitável, moral e imoral. É importante lembrar que todos esses julgamentos da mente são apenas produtos do nosso condicionamento. E nossos julgamentos, quer aplicados a nós mesmos ou aos outros, impedem-nos de experienciar a beleza e a natureza divina que habita dentro das pessoas. Apenas quando rompemos a prisão do nosso condicionamento e alcançamos a verdade dos nossos próprios corações, é que podemos começar a enxergar a vida como ela realmente é.

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54. Projeções - Tarô Osho Zen


Numa sala de cinema, você olha para a tela, nunca para o fundo da sala -- o projetor está no fundo. O filme de fato não está na tela: é apenas uma projeção de sombra e luz. O filme existe apenas lá atrás, mas você nunca olha naquela direção. E o projetor está lá.
Sua mente está por trás da coisa toda: a mente é o projetor. Mas você fica sempre olhando para o outro, porque o outro é a tela.
Quando você está apaixonado, a pessoa parece linda, incomparável. Quando você sente ódio, a mesma pessoa parece a mais feia de todas, e você nunca se questiona como pode a mesma pessoa ser a mais feia e a mais bonita...
A única maneira, portanto, de se chegar à verdade, é aprender como enxergar diretamente, como deixar de lado a intermediação da mente. Essa interferência é o problema, porque a mente só é capaz de criar sonhos... Com a ajuda do seu entusiasmo, o sonho começa a parecer realidade. Quando o entusiasmo é demasiado, então você está intoxicado, não está na posse dos seus sentidos. Nessa condição, o que quer que você enxergue será apenas uma projeção sua. E existem tantos mundos quanto mentes, porque cada mente vive no seu próprio mundo.

Osho Hsin Hsin Ming: The Book of Nothing Chapter 7

Comentário:

O Homem e a mulher desta carta estão se olhando; contudo, não são capazes de se enxergar com nitidez. Cada qual está projetando uma imagem que construiu em sua mente, de maneira a encobrir o rosto verdadeiro da pessoa para quem está olhando.
Todos nós podemos cair na armadilha de projetar "filmes" de nossa própria autoria, sobre as situações e as pessoas à nossa volta. Isso acontece quando não estamos plenamente conscientes de nossas expectativas, desejos e julgamentos; em vez de assumir a responsabilidade por tais expectativas, desejos e julgamentos, e de reconhecê-los como nossos, tentamos atribuí-los aos outros.
Uma projeção pode ser diabólica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeção -- uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela é. O único modo de escapar disso é entender como funciona o jogo. Quando você der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa, vire-o do avesso: aquilo que você está vendo no outro, na verdade, não pertence a você? A sua visão está límpida, ou obstruída pelo que você quer ver?

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