quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

32. Moralidade - Tarô Osho Zen


Bodhidharma... transcende em muito os moralistas, os puritanos, as assim chamadas "boas pessoas", os "fazedores do bem". Ele chegou à verdadeira raiz do problema. A menos que a consciência desperte em você, toda a sua moralidade é falsa, toda a sua cultura é apenas uma camada muito fina que pode ser destruída por qualquer um. Mas, uma vez que a sua moralidade seja fruto da sua consciência, não de uma certa disciplina, então, é coisa inteiramente diferente. Nessa condição, você responderá a cada situação a partir da sua consciência. E o que quer que você faça será bom.

A consciência não é capaz de fazer nada que seja ruim. Esta é a beleza suprema da consciência: qualquer coisa que surja dela é simplesmente bela, simplesmente correta, e isso sem nenhum esforço, sem nenhum treinamento. Assim, em vez de podar folhas e galhos, corte a raiz. E para cortar a raiz, não existe caminho alternativo além de um único método: o método de manter-se alerta, de estar percebendo o que acontece, de estar consciente.

Osho Bodhidharma, The Greatest Zen Master Chapter 15

Comentário:

A moralidade tem restringido aos estreitos limites da mente dessa mulher, toda a seiva e a energia da vida. Nesse confinamento, a moralidade não pode fluir, e com isso transformou-se numa "velha ameixa seca". Seu comportamento como um todo é muito "conveniente", inflexível e severo, e ela está sempre pronta para ver cada situação apenas em branco e preto, como a jóia que a figura traz em volta do pescoço.
A Rainha das Nuvens vive oculta na mente de todos nós que fomos criados com rígidos padrões a respeito do que é bom e do que é mau, de pecado e virtude, do que é aceitável e não-aceitável, moral e imoral. É importante lembrar que todos esses julgamentos da mente são apenas produtos do nosso condicionamento. E nossos julgamentos, quer aplicados a nós mesmos ou aos outros, impedem-nos de experienciar a beleza e a natureza divina que habita dentro das pessoas. Apenas quando rompemos a prisão do nosso condicionamento e alcançamos a verdade dos nossos próprios corações, é que podemos começar a enxergar a vida como ela realmente é.

http://www.osho.com/Main.cfm?Area=Magazine&Sub1Menu=Tarot&Sub2Menu=OshoZenTarot&Language=Portuguese

54. Projeções - Tarô Osho Zen


Numa sala de cinema, você olha para a tela, nunca para o fundo da sala -- o projetor está no fundo. O filme de fato não está na tela: é apenas uma projeção de sombra e luz. O filme existe apenas lá atrás, mas você nunca olha naquela direção. E o projetor está lá.
Sua mente está por trás da coisa toda: a mente é o projetor. Mas você fica sempre olhando para o outro, porque o outro é a tela.
Quando você está apaixonado, a pessoa parece linda, incomparável. Quando você sente ódio, a mesma pessoa parece a mais feia de todas, e você nunca se questiona como pode a mesma pessoa ser a mais feia e a mais bonita...
A única maneira, portanto, de se chegar à verdade, é aprender como enxergar diretamente, como deixar de lado a intermediação da mente. Essa interferência é o problema, porque a mente só é capaz de criar sonhos... Com a ajuda do seu entusiasmo, o sonho começa a parecer realidade. Quando o entusiasmo é demasiado, então você está intoxicado, não está na posse dos seus sentidos. Nessa condição, o que quer que você enxergue será apenas uma projeção sua. E existem tantos mundos quanto mentes, porque cada mente vive no seu próprio mundo.

Osho Hsin Hsin Ming: The Book of Nothing Chapter 7

Comentário:

O Homem e a mulher desta carta estão se olhando; contudo, não são capazes de se enxergar com nitidez. Cada qual está projetando uma imagem que construiu em sua mente, de maneira a encobrir o rosto verdadeiro da pessoa para quem está olhando.
Todos nós podemos cair na armadilha de projetar "filmes" de nossa própria autoria, sobre as situações e as pessoas à nossa volta. Isso acontece quando não estamos plenamente conscientes de nossas expectativas, desejos e julgamentos; em vez de assumir a responsabilidade por tais expectativas, desejos e julgamentos, e de reconhecê-los como nossos, tentamos atribuí-los aos outros.
Uma projeção pode ser diabólica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeção -- uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela é. O único modo de escapar disso é entender como funciona o jogo. Quando você der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa, vire-o do avesso: aquilo que você está vendo no outro, na verdade, não pertence a você? A sua visão está límpida, ou obstruída pelo que você quer ver?

http://www.osho.com/Content.cfm?Area=magazine&Sub1Menu=tarot&Sub2Menu=oshozentarot

terça-feira, 2 de dezembro de 2008